A Eternidade e o tempo em Santo Agostinho

Uma análise do Livro XI das Confissões

Autores

  • André Christian Dalpicolo Uniapulistana

Palavras-chave:

eternidade, temporalidade, verdade da origem, origem da verdade

Resumo

O objetivo deste artigo é refletir em torno da relação entre a eternidade e o tempo segundo o livro XI das Confissões. Para tanto, será necessário desenvolver uma linha de raciocínio que se desdobrará em duas partes. A primeira delas descreverá a separação entre a eternidade e a temporalidade através da criação ex nihilo do universo. De certo modo, não é inexato acrescentar que essa criação revela a forma pela qual a verdade da origem representa a origem da verdade. Já a segunda parte especificará a maneira pela qual existe um princípio de unificação entre a eternidade e a temporalidade no âmago da sua radical separação. Com efeito, esse princípio é o par distentio animi-intentio. Convém observar que o resultado desse processo é a compreensão do tempo como um vestígio de eternidade, ou melhor, como uma lembrança da relação de co-pertença entre a infinitude divina e a finitude humana.

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Publicado

2024-10-30